Garimpagem Cultural

Garimpagem Cultural

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Valentin (2002)

1960, Buenos Aires. Valentin (Rodrigo Noya) é um menino de 9 anos que vive com sua avó (Carmen Maura), já que seu pai vive ocupado trabalhando e sua mãe está desaparecida desde a separação de seu pai. Solitário, Valentin divide seu tempo sonhando se tornar um astronauta e ouvindo as histórias contadas por sua avó. Seu grande sonho é que seu pai o leve para conhecer sua mãe, mas ele se irrita só de ouvir a simples menção do nome dela. Valentin passa a acreditar que possa ter enfim uma mãe quando conhece Leticia (Julieta Cardinali), a mais nova namorada de seu pai. (fonte - interfilmes)

Valentin, é um filme Argentino, lançado em 2002, adquiriu muitos prêmios, entre eles, o Audience Award no Newport International Film Festival e Golden Calf Award no Nederland Film Festival. O filme do escritor e diretor, Alejandro Agresti é encantador. Conta a história de um garoto de 8 anos, precoce, que vive com sua avó. Seus pais se separaram cedo, ele não vê a mãe, o pai aparece de vez enquanto e neste ambiente Valentin nos dá a sua visão de mundo, seus sonhos e toda a sua percepção da vida que se passa na Bueno Aires da década de 60. O diretor tem essa preocupação de situar o expectador em referência à época com detalhes históricos, como a chegada do homem à lua, ou com a morte de Che Guevara. O personagem de Rodrigo Noya cativa com facilidade quem vê o filme, apesar de 8 anos tem uma maturidade que o torna especial, vive pondo seus planos em prática para tentar ajudar os que estão próximo e também contornar seus próprios problemas. Todos os atores têm apresentações fantásticas, mas o ponto alto do filme é sem dúvida Rodrigo Noya, o garoto é muito bom, e o seu trabalho no filme é que torna toda a história maravilhosa. Valentin é um filme sensível, muito bem humorado, divertido e cheio de reflexões muito pertinentes, e o que é mais legal, feita por uma criança. Numa das cenas do filme ele diz: “No museu da minha escola, há uma das coisas mais estranhas que já vi. Um cabrito com duas cabeças, mas o mais estranho de tudo, tudo, tudo, que já vi, é um coleguinha que tem uma mãe e nunca lhe fala, ele sai, lhe entrega a pasta, e pronto. Se eu tivesse uma mãe, a usaria muito mais”. Em outro momento ele diz: ” Há pessoas que parece que não vivem, ou que a vida não lhe é útil.” Está aí um dos melhores filmes Argentinos que já vi. Agresti, que aparece no filme como pai de Valentin conseguiu criar uma história real e comovente, que emociona do início ao fim. 
(fonte: http://jazzumblues.blogspot.com/2010/02/valentin-2002.html)

Um comentário: